pra não ficar na gaveta

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

 

bar tejo

em alfama tem um bar
escondido entre
casas e pedras
portuguesas onde não pode
bater palma depois
que as músicas terminam
o jeito é esfregar
uma mão na outra não pode
fazer barulho
não conte pra ninguém
eu você nós todos
aqui nesse terraço à meia-luz
em um canto escondido
uma mulher de cabelos brancos
e bochechas saltadas
confunde bossa nova com fado
fala de umas coisas que eu
não posso acreditar

Comentários:
é tão legal volta e meia dar umas voltas pelos olhos e sinapses dessa moça... :)
 
portugal é demais. gosto dos teus poemas, alice. dos pulos no tempo e das sensações.
 
mas pode bater palmas para o poema!
Tão lindo!
 
pode me dar o endereço de bar???

lhe encontro lá??

Parabens pelo texto!!
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Gosto de algumas coisas no poema (as casas e pedras portuguesas, a relação entre o silêncio e a bossa nova, o afiado "não conte para ninguém", que retoma o escondido do bar), mas não de tudo. Algo me lembra o lado prosaico, de que não gosto muito, do Bandeira. Mas, enfim, tua poesia continua me sendo uma tábua de salvação. Grande abraço!
 
Tão gostoso que é te ler...
Parabéns, viu?

=)
 
eu tenho "estudado" um pouco de haikai, uma das dificuldades que tenho para fazer meus haikais é parar de usar "eu" e parar de escrever coisas abstratas, no haikai o leitor deve ler e criar uma cena imediatamente, deve ver o que está escrito acontecer. Eu formei a cena tão bem do seu poema que a velhinha de cabelos brancos de bochechas saltadas está me olhando enquanto escrevo... um dia vou conseguir escrever tão sutilmente quanto você
 
muito bonito
isto tudo.
 
adorei, cheio de bossa.
 
poxa alice, que demais. será que você não tem mais uns desses últimos meses pra mostrar não? esses registros são lindos. você fez um diáriozinho em poesia ou algo do gênero? muito bom ler suas impressões dessas experiências, e lembrar por você.
 
lindo esse, guria, como um fardo, como um fado... adorei te ver naquele dia, de certo modo, vc salvou-o de mim.

beijo d'além mar.

marona.
 
Coloquei este poema na Folhinha Poética 2014, no dia 13 de Maio, que é o aniversário do Tejo bar. Preciso enviá-lo para aprovação. Meu email manedocafe@gmail.com
Obrigado
 
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